segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Suplentes de conselheiros tutelares mortos devem ser convocados em Poção


Os suplentes dos conselheiros tutelares mortos durante uma chacina na sexta-feira (6) devem ser convocados para a função em Poção, a 240 km de Recife. “Vamos chamar aqueles que foram eleitos para a suplência do Conselho, escutá-los, manifestar o desejo de convocá-los e também esperar que eles tomem posse e queiram então assumir os cargos que ficaram vacantes”, explica o prefeito, padre Cazuza.
Ele afima ainda que ao todo eram cinco profissionais atuando no município. “Em um segundo momento, nós iremos sentar com os conselheiros que ficaram no cargo e a gente vai ver como eles estão, vamos oferecer um acompanhamento pisicológico, para ver se eles querem ou têm condições de permanecer”, acrescenta o gestor, que pretende se reunir com a Ministra Ideli Salvati, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos,  após o período de Carnaval.
A prioridade, no entanto, é a assistência às famílias das vítimas, segundo Cazuza. “A gente vai disponibilizar equipes de Assistência Social e de Saúde, voltadas especialmente para eles, neste momento”.
 
Recompensa
O Disque-Denúncia Pernambuco oferece R$ 4 mil por informações que contribuam para a conclusão da investigação da chacina que vitimou três conselheiros tutelares e uma mulher de 62 anos, na noite da sexta-feira (6).
As informações podem ser repassadas pelo telefone (81) 3719-4545, no interior do estado, ou pelo (81) 3421-9595, na Região Metropolitana e Zona da Mata Norte. "Também é possível repassar informações por meio do site da central, que permite o envio de fotos e vídeos. O serviço funciona durante 24h, todos os dias da semana. O anonimato é garantido", explica o coordenador do Disque-Denúncia, Alexandre César.
 
Entenda o caso
As vítimas estavam em um carro do Conselho Tutelar do município junto a uma menina de 3 anos, única saobrevivente do crime. Eles vinham da csa da avó paterna da criança, situada em Arcoverde, no Sertão, a cerca de 70 km de Poção.

Segundo o avô materno, João Batista, as famílias dividiam a guarda da criança. O pai e a avó paterna cuidavam dela durante a semana e, nos fins de semana, a menina ficava com os avós maternos.
A senhora que morreu na chacina era Ana Rita Venâncio, esposa de João Batista e avó da criança.
As primeiras informações obtidas pela Polícia Militar apontam para uma emboscada contra as vítimas, na estrada do Sítio Cafundó, por onde os cinco passavam de carro. "Primeiro, atiraram no motorista, depois nas mulheres que estavam no banco de trás e à queima roupa em um deles [conselheiro] que tentou escapar", informou a PM.

Os conselheiros eram Carmem Lúcia da Silva, de 38 anos, José Daniel Farias Monteiro, de 31, e Lindenberg Nóbrega de Vasconcelos, de 54. Uma equipe do Instituto Médico Legal (IML) de Caruaru esteve no local e recolheu os corpos.

Inicialmente, havia a informação de que a criança teria sido ferida à bala na confusão, mas, no hospital, informaram que o sangue que a sujava não era dela. A menina está sob a guarda de policiais em um local não divulgado, por questão de segurança.

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